O que os pais podem fazer é tornarem-se exemplo para os filhos. A
maneira como os pais lidam com a questão tem muito mais efeito sobre o jovem
do que as informações que são dadas.
Ou seja, o que se faz é muito mais importante do que o que se diz. As
crianças e os jovens começam a aprender o que é droga quando observam os
adultos em busca de tranquilizantes ao menor sinal de tensão ou
nervosismo. Aprendem também o que é droga quando ouvem seus pais dizerem que
precisam de três xícaras de café para se sentirem acordados, ou ainda quando
sentem o cheiro da fumaça de cigarros. Além disso, eles aprendem o que é
dependência quando observam como seus pais tem dificuldade em controlar diversos
tipos de comportamento, como, por exemplo, comer de modo exagerado, fazer
compras sem necessidade, trabalhar excessivamente.
Os adultos têm sempre "boas" formas de justificar esses
comportamentos, mas na verdade trata-se de um modelo de comportamento
impulsivo e descontrolado. E esses modelos de comportamento podem ser
copiados pelos jovens na forma como se relacionam com as drogas.
Somos uma sociedade de consumidores de produtos e a maioria de nós
estabelece relações complicadas com as drogas. Não é difícil encontrar
pessoas que, ao menor sinal de sofrimento, de desconforto, lançam mão de um
"remedinho", de uma "cervejinha", de um
"cafezinho" ou de um "cigarrinho" para aplacar a
ansiedade de forma quase instantânea. Esse é o princípio básico de modelo de
comportamento dependente que observamos em um imenso número de adultos e pais
que, sem a menor consciência do que estão fazendo, "ensinam" aos
filhos, alunos e jovens em geral que os problemas podem ser resolvidos, como
que por um passe de mágica, com a ajuda de uma substância.
É muito importante que os jovens compreendam, por meio de nossas
atitudes, qual é a atitude adequada em relação às drogas. Esse processo de
aprendizagem começa na infância e continua até o final da adolescência.
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Muitas são as razões que podem levar alguém a usar drogas. Cada pessoa
tem seus próprios motivos. Os pais não devem tirar conclusões apressadas se
suspeitam ou descobrem que o filho ou filha usou ou está usando drogas. É
preciso que escutem com muita atenção o que o filho ou a filha tem a dizer
para poderem compreender o que está acontecendo. Entre os possíveis motivos,
destacamos:
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O fato de um jovem experimentar drogas não faz dele um dependente.
Porém, mesmo experiências aparentemente inocentes podem resultar em problemas
(com a lei, por exemplo). Um jovem que usou drogas passa a ser tratado muitas
vezes como "drogado" por seus pais ou professores. O excesso de
preocupação com o uso experimental de drogas pode tornar-se muito mais
perigoso do que o uso de drogas em si. Diante dessa situação os pais não se
devem desesperar. Reagir com agressividade e com violência pode até mesmo
empurrar o jovem para o abuso e a dependência de drogas. Os pais devem
alertá-lo sobre possíveis riscos e, se possível, conversar francamente sobre
o assunto, aproveitando a oportunidade.
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